Alpes Literários

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UM PASSEIO PELOS ALPES LITERÁRIOS

sábado, 17 de fevereiro de 2018

William Faulkner - Alma Mater ‎

O escritor e também poeta norte-americano se despede, muito provavelmente, da escola superior onde estudou, ela que, como mãe dadivosa, o proveu de “alimento” intelectual e das mesmas lembranças que jamais se apagarão da mente daqueles que por lá passaram ou ainda hão de passar.

A rigor, a falar sobre as experiências que tive quando me graduei, pela primeira vez, em engenharia elétrica, na Universidade Federal do Pará, ousaria afirmar que tal vivência perdurou-me menos pelos conhecimentos ali efetivamente hauridos, e bem mais pela abertura a um mundo de interação com outros alunos com mais traquejo na vida do que o que eu tinha até então. Seja como for, “alma mater”: tornei-me para sempre estudante por profissão!

J.A.R. – H.C.

William Faulkner
(1897-1962)

Alma Mater

All our eyes and hearts look up to thee,
For here all our voiceless dreams are spun
Between thy walls, quiet in dignity
Lent by the spirits of them whose lives begun
Within thy portals. Through them we can see
Upon the mountain top the shining sun
Success, drawing us infinitely
Upwardly, until Life and Task are one.

The beginning, not the end, is this.
Onward, by her unremitting grace
With memories that nothing can efface
Throned securely in our hearts; to Kiss
– Holding, and held by her in fond embrace –
At parting, her kind calmly dreaming face.

Os Portões da Academia Phillips
(Claudia Verciani: pintora brasileira)

Alma Mater

Todos nossos olhos e corações procuram por ti,
Pois aqui todos nossos sonhos sem voz são tecidos
Entre teus muros, embalados em dignidade
Emprestada pelos espíritos cujas vidas despertaram
Sob os teus portais. Através deles podemos ver
Sobre o topo da montanha o sol radiante,
O Sucesso, a nos atrair infinitamente
Para cima, até que se igualem Vida e Missão.

Isso é o começo, não o fim.
Avante, por seu incessante favor
Em nos prover com inapagáveis lembranças
Deveras entronizadas em nossos corações; para Beijar
– Cingindo, e cingido por ela num afetuoso abraço –
À partida, o seu rosto meigo imerso em calmos sonhos.

Referência:

FAULKNER, William. Alma mater. In: __________. William Faulkner: early prose and poetry. Compilation and introduction by Carvel Collins. Boston, MA: Little, Brown & Company, 1962. p. 64. (An Atlantic Monthly Press Book)

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